granel química
santos 2006
TERMINAL DE TANQUES DA GRANEL QUÍMICA
A Granel Química é uma empresa de logística internacional que possui, mundo a fora, terminais para armazenagem de líquidos para importação e exportação. Seu projeto exigia rigor e o atendimento aos mais diversos critérios que orientam a arquitetura e o urbanismo. Deveria dar conta de aspectos funcionais, organizando o fluxo de pessoas, materiais, caminhões e trens; obedecer a normas rígidas de segurança física e problemas de contaminação das águas; deveria ter especial atenção com o conforto ambiental já que Santos possui um clima extremamente quente e úmido. Por fim, como o entorno na Alemôa é inóspito, denso e mal estruturado, só a arquitetura poderia amenizar a situação e oferecer espaços agradáveis e confortáveis para os mais de 100 funcionários que convivem diariamente com os caminhões, poluição e sujeira.
O campus foi organizado de forma a separar a área de tanques da área de carregamento de caminhões para que os fluxos e a drenagem permaneçam independentes. A drenagem em particular foi estudada de forma a se utilizar sempre a gravidade, as bombas são utilizadas apenas para encaminhar as águas contaminadas ao tratamento. Os prédios de serviços e escritórios estão distribuídos em “L” formando os controles de entrada e saída do campus e mantendo certa distância dos caminhões.
As construções são fruto de montagem de peças conformando uma obra limpa, seca e rápida. Todas serão executadas com estrutura em concreto e fechamento metálico com camadas de isolantes, mas cada uma recebeu um estudo e soluções específicas para atender às necessidades de uso: escritório, oficina, casa de bombas, etc. A composição de telhados curvos e retos permitiu implementar a ventilação natural ao mesmo tempo que se evitar a aparência de container tão presente no ambienta a volta. Evitou-se, portanto, a sensação de que as pessoas também estivessem armazenadas.
A organização de planta separa a oeste e a norte as áreas de serviços de todos os prédios e reservas as orientações leste e sul para os locais de permanência de pessoas. Assim, esses ambientes ficam preservados tanto do calor mais intenso quanto do contato direto com a rua. A estrutura articula-se com a planta acompanhando a divisão de alas. Optou-se por vãos entre pilares espaçados para reduzir a necessidade de fundação já que terreno frágil exigia uma fundação complexa e cara.
