casa p
são paulo 2003
CASA-PÁTIO NO BROOKLIN
Uma casa em uma cidade como São Paulo se vê obrigada a negociar o equilíbrio entre graus de sociabilidade e privacidade. Neste projeto o objetivo era o de manter a casa o mais aberta possível, sem perder a privacidade mantendo, enfim, a vida interior segura e abrigada de olhares alheios. A solução foi de criar um tecido entremeado de áreas cobertas e pátios descobertos que potencializasse ao máximo a relação entre interior e exterior. Todos os espaços, cobertos ou descobertos foram tratados como salas de estar, incluindo os recuos obrigatórios segundo a legislação municipal.
A planta se organiza em dois setores em comunicação direta, sem a formação de corredor. A separação entre salas e dormitórios se faz através de armários ao invés de paredes, multiplicando os espaços de armazenamento. Cada sala e dormitório é acompanhado de um pátio quase privativo.
A estrutura em madeira foi concebida como nas casas baloon americanas que se aproveita dos pequenos vãos gerados pelas salas para criar seqüências de pilares esbeltos travados por vigas de pequena altura. As vigas se estendem para fora, sem quebra de continuidade, para formar as pérgulas que cobrem os pátios. O fechamento perimetral é todo feito por portas de vidro de correr de piso a teto, apenas as paredes de divisa com os vizinhos foram projetadas em alvenaria de pedra. O telhado de telhas metálicas quase plano foi concebido em camadas de isolante e forro de madeira. O conforto térmico e acústico fica garantido pela própria trama de pátios que criam um micro clima que controla tanto a temperatura e ventilação quanto o grau de umidade.
